De pouca monta o ardil que nos cala,
o fruto do silêncio que
fulmina a verdade
é o triunfo da ignara
senda ao nada.
Da mais temível febre
o espanto e o medo,
e tal covil espantado
da morte oculta
o poema também cala,
e o calor sob o mistério podre
da canção enumera
a vala dos números
de um cadafalso
já mentido sob juramento,
e o justiçamento do sangue poeta
dá de ombros aos feitiços
de ardis que enfraquecem,
e o tempo-rei dá o riso e desdém
deste mundo oco
de tanta lida sem eira nem beira,
uma vez que poema e poeta
sempre souberam
onde estão.
14/11/2013 Êxtase
(Gustavo Bastos)
Quem sou eu?
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