Puro nada é o êxtase,
ao fio d`água o bronze e o sol.
Cama, louça escura da fome,
vai de teu sexo ao meu sexo,
corpo derrama.
Desdém é o nada em seu fundo,
paz edulcorada e sem estrada,
êxtase é solidão,
sem amor e sem flechada.
Cai da carne o carnaval,
seu vento puro nos enleva,
de corpos tais os sais fulguram,
orquestra maestra da festa,
corpos tais de carnavais.
Puro tudo é o triste lamento,
de tudo a litania ressoa,
ao nada e ao mar
o êxtase dissolve,
dissolução romântica
é o poema,
e de outro lado
o corpo que intumesce
ao brilho do bronze e do sol,
ao fio d`água
da sede que morre
de mar.
14/11/2013 Êxtase
(Gustavo Bastos)
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