Quem à dor tem a voz sucumbida?
De flores o ardor mais cândido,
soçobra o ferro da morte
no corpo indócil,
e encontra no meio do mato
o doce fel de aço à flor mastigada.
Quem ao sol o vento exulta?
Pois, do ar doente do frio,
o vento, sentimento de sopro,
acorda o dia, tal aurora perdida,
como sinal da luz sobre o silêncio.
Quem, d`alma funda, corpo em bronze,
sede à sede a vã paixão?
Sente o poeta tal risco de luta,
e que luta a batalha da senda,
e que funda tal poesia
que inda quebrantada
de coração em punho
com as mãos furiosas
de tanta briga,
e o sonho ferido
de tanta queda.
Vai firme, e o passo largo
como um continente, e o poema reto
como uma faca.
14/11/2013 Êxtase
(Gustavo Bastos)
Quem sou eu?
Há 2 semanas
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