Os veios da escultura
multifacetada,
faces informes
de poemas socorre.
A maldita flor do dia
escurece a saudade
do espinho.
O rito é cáustico
e o emblema
é capital,
definitivo o poema
que insurge
contra a ordem
e a medida,
o poema é a mordida,
a alma ferida,
as cores silvestres
que cobrem o mundo
com suas maledicências,
o poema corre por onde anda,
vagueia por onde se perde,
e chama por onde
se esconde.
O poeta é um homem inconsolável,
um mar revolto de paixões,
um oceano solitário
de silêncio e meditações.
O verso, criança inconsequente,
é só um vazio repleto
de música e sonho
da voz imutável do poeta.
23/06/2012 Libertação
(Gustavo Bastos)
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