Não, eu não vou me matar.
Não, eu não vou me matar.
Eu mato todos vocês
em meu verso.
Não, eu não vou me matar.
A vaga noite em que cai
o meu corpo
não sentirá a dor
da bala,
uma fada é o meu
torpor,
meus problemas
são enfados
de poeta.
Não, eu não vou me matar.
Cada verso que cai
é um pouco de morte
para quem quer
lê-los,
versos plurificados
na noite vaga noite
que o anjo
extermina,
pois de poeta culmina
a dor apodrecida
de um sonho
suicida.
24/06/2012 Libertação
(Gustavo Bastos)
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