Fluidas eras de outras épocas,
ferida lástima do horror.
Em meu corpo uma rima sofrida,
em meu corpo os ossos
que se cobrem de carne.
Nas almas latejam corações
sem rumo, almas do pulo,
salto mortal.
Eras que não lembro em demasia.
O horror e sua ambrosia.
Os deuses, conspirando,
eternos em suas vestes e túnicas
frugais.
Desejavam o desejo
como o ódio
deseja a morte.
A preguiça é o norte,
e a fome o consorte.
Noite finda, uma noite ainda
a mais em demasia.
Ademais, um alegre cantante
faz de rima em rima
seu ar enervante.
Apenas um instante,
um passo adiante,
na dor que sucumbe
no ar que irrompe
com vento e sopro.
19/06/2012 Libertação
(Gustavo Bastos)
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