Olho para estas páginas,
olho para os cadernos
que eram brancos,
que estão brancos.
No out-door está uma passagem
ao nada.
Não sei a respeito deste nada
de que tanto fala
a publicidade.
Outrora eu fui feliz.
Toca Jazz, ouço as vozes,
ouço o pássaro romântico
no meu peito,
eu olho o meu sangue
como se eu fosse
um vampiro,
olho o miasma
e a fumaça
de meu cigarro.
As trevas são belas,
elas são cegas
e não veem
a dor humana.
O demasiado humano
passa por fora,
a poesia é uma porta
que se fecha
e tranca o coração
no pulo.
24/06/2012 Libertação
(Gustavo Bastos)
Adélia Prado Lá em Casa: Gísila Couto
Há 4 semanas
Nenhum comentário:
Postar um comentário