O suspiro da noite
evoca a morte.
A morte, alva negra,
bílis melancólica,
decreta o meu túmulo
em meu esquife
o meu ser.
As noites dos corpos
são canções de lamento,
os corpos dançam
na noite,
a escuridão das trevas
é o meu nome,
eu sou o cadáver do inferno,
a alma do limbo
que grita
no meu corpo.
No meu corpo
eu grito
o meu limbo,
eu sou o cadáver
da noite,
eu sou a morte rancorosa
da sorte,
a morte morrida
que jamais morrerá
porque não foi matada,
a morte poética
na noite que esconde
meu horror de poeta.
23/06/2012 Libertação
(Gustavo Bastos)
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