Saber do limite
do olho,
ao qual se olha
e que olha
o todo,
refém do mesmo
e da angústia
do nada,
olho que vigia
e que vê sem ver
o que enxerga,
não existe
o sentido pregado,
o entendimento
buscado,
a teoria é exumada
pelo olho,
a existência é um olho,
o olho não compreende,
compreensão é uma ilusão
da razão,
o que há é a visão
que não se compreende,
que não se entende,
que não se crê
na certeza,
o olho é a dúvida
do que se vê,
o olho sente
e não se preocupa
em um dia se cegar.
23/06/2012 Libertação
(Gustavo Bastos)
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