Cada camada se expõe,
poema-dia
é o meio
do caminho,
noite-poesia
é o fim
do caminho.
Não trago só a dor da poesia,
não sei apenas de dores
de poetas,
o que leio como faminto
é o jogo da palavra.
Mistério, símbolo, carne,
alma, corpo, fuga, sono,
sombra, luz, desejo,
sonho?
Não, eu sou variedade
na mesma pena,
sou a múltipla criação
em um mesmo instinto,
o vinho é o poema,
o poema é o meu vinho,
poesia?
poesia?
Tudo, tudo, nada, nada!
Poesia não é sim
para o mundo,
é o soturno sol
da noite nua lua.
23/06/2012 Libertação
(Gustavo Bastos)
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