Vedado o temor, previste a astúcia.
Rente à malícia o frescor
das danças de poeta.
Eis o fito mesmerizante:
a rosa azul e a vinha vermelha.
Prenhe o futuro com doce licor,
desejante nuvem de ratos,
brilhos fajutos
de dançarinas,
putas desmembradas
a fórceps,
lutas gregas de argonautas.
Vetusto o Velho do Restelo,
catástrofe do tempo,
o livre surto da peste bubônica,
e os mares saudados
em brumas salinas
de fogo.
Reto o poema se serve da moda,
quente ao pavio do socorro,
prenhe destituído na fuga,
fugitivo do sempre,
encontro do nunca,
ao nada seu tudo-poema,
furibundo e pilantra.
Nas maxilares, a porrada.
Nos crânios, as velas vermelhas.
A rosa branca ensina:
ou estou morto
ou cansei de ver a morte,
joguei os dados,
dardejei firulas,
vomitei as estrelas,
carimbei o universo
com o meu grito
de socorro.
Nada, nada. Nada!
O poema, futuro e opróbrio,
é lindo como magma,
profundo como lodo,
amoroso como espada.
18/04/2015 Ácido
(Gustavo Bastos)
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