Nostalgia, entre os rios da funda hora,
fere a tempestade com os ares que rumorejam,
da espada o sol se finda, das lembranças
a dor da orgia e os sapatos rotos.
Crava na anêmona a estrela furiosa,
com o veloz do espanto e a flor mortiça,
prende meu coração aos atavios do emblema.
Faca da seda na borboleta do campo,
faz sol na penumbra do sonho,
faz céu no inferno de antanho.
Vejo o silêncio, ouço a luz.
Mar sinestésico me faz o jogral,
no teatro pernóstico de meu castiçal.
Nostalgia entre as feridas vulcânicas,
leva o corpo pelo dia nas sedes do desespero.
O riso flana em paisagem,
a morte em deserto é puro êxtase.
Com o livro estampado no coração,
veste o diamante com fúria de música
em todas as partes do corpo seviciado,
e nas horas socorridas da eternidade,
faz o poema qual adaga do tempo
pelos astros fulminados
com o raio da saudade.
31/05/2013 Êxtase
(Gustavo Bastos)
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