O corpo reluz com o brilho do manto azul,
eis que na nuvem do pecado ressoa a magia
com os mares do sul e do norte
e a fúria do sol golpeia o meu olho nu.
A semente vem com ares cinzelados,
no diamante que chega às mãos da poesia
uma flecha irisada sussurra pelo frio.
Verde no elmo bravo das campanhas militares.
Da sede esbelta em cada corpo
o deserto fundo do esquecimento,
a flor na malta desvairada
pelo campo,
os reféns das dores
com poemas atravessados
pela estrada náutica
de Netuno.
O mar plange refulge vive.
O poema concerto de mar abre.
Nas águas teu manso de mansarda,
libélula encantada no fremir do tear,
como rouxinol vetusto ao som
de naufragar,
vem de asas e mergulho
o sonho
com a fúria
do tear.
Nas danças macabras das sombras,
caçando as bruxas no sangue vil
tem em toda tempestade
a nobreza do caçador,
como se vê na batalha do leme
em edulcorado coração na chaga marcial
dos estertores de um soldo em máquina,
eu resisti ao frio purulento
que recordo nas almas de álcool,
e a peste do frêmito de dor suturada
patenteou o poema tão rijo
que a esfera embriagada
criou.
30/05/2013 Êxtase
(Gustavo Bastos)
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