Emerge de meu tempo absorto
a tela plangente na dor viciada.
Com os ritos azuis da flor,
encara o vermelho sumo
que desce à minha mão.
Encontro na saudade que passa
o olho seco de meu coração de vidro,
como um sinuoso poema de fogo
eu vejo o sol dançar em todas as nuvens.
Mas, de todo instante que fulgura,
da dança do sol o céu posto,
frio temo nas horas pausadas
dos meus ossos
o crânio fatigado
com o vinho da bebedice
de um vulcão,
e o tempo absorto
emerge
como o tempo
profundo
da canção,
o tempo inglório
dos poemas nas sombras
da memória.
28/05/2013 Êxtase
(Gustavo Bastos)
Quem sou eu?
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