Hidra, monte-cabeça
cortada, de novo nascida.
Faz do mal o encanto e terror.
Da luz mortiça, frio e abismo.
Quantas cabeças cortadas?
Hercúlea incógnita,
Sísifo e Prometeu,
eterno retorno,
cai e volta,
volta e vai.
Hidra, em luta és infinita,
nem a guilhotina
lhe tem em cárcere,
nem o ápice se faz grelha,
nem o fogo o mal vindouro.
Quebra-cabeça:
descobre-te a ti mesmo
conceito circular,
da indagação
a dor tumular,
da filosofia
uma pergunta
a especular.
Via-Láctea, deuses antropomorfos
morrem, o antropocentrismo
aviltado vira poeira de estrela,
somos luta ardente em caos infinito.
24/02/2013 Êxtase
(Gustavo Bastos)
Quem sou eu?
Há 3 semanas
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