[soneto decassílabo heroico]
Eu tenho a fonte viva em mim de Lótus,
que filosofa ao tempo longânimo
do passar lento que vibra com ânimo,
e faz das dores poemas tão teimosos.
Vai meu corpo tão doce viver lânguido
por tua flor e semente dos cais mortos,
luto profundo e calmo que nem ópios,
nascer tédio e cinzel da alma do pânico.
Não existe verso pródigo e feliz,
tão certo como não sou a cicatriz,
fico mudo e saio no poema a cantar.
Do Lótus ao nirvana, sou forma e vento
do mais capaz sonhar em que enveneno,
pois do ar tiro meu livro como o luar.
27/02/2013 Sonetos da Eternidade
(Gustavo Bastos)
Quem sou eu?
Há 3 semanas
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