Eu estava nu frente às pessoas,
e assim me detive
por alguns instantes.
Passei por ti, ó mulher,
de tuas ancas eu guardo na memória
as curvas.
Eu caminhei nu e não tive vergonha,
o despudorado canhão atirou
no meu peito,
eu fugia para as estrelas,
e ninguém me queria perto.
Talvez, estando como uma criança,
eu pudesse retornar ao feto,
ou esquecer a velhice,
ou roubar frutas do vizinho.
Ah, mas quanta bobagem eu quis elencar!
E a vida continua, e a vida passa ...
como eu e como a chuva,
como o sol e a lua,
e a onda que me afoga
e a dança e a música.
Ah, quanta beleza eu quero para mim!
Só em ti, ó mulher,
terei no meu enlevo
a tua face perfeita.
21/08/2009 Gustavo Bastos
Quem sou eu?
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