Quisera eu ter asas
e a imaginação forte.
Todas as amarras da minha razão
estariam sob nova filosofia,
eu não teria a dor e a culpa,
eu não teria angústia,
eu não seria demasiado humano.
Quisera eu não perder a docilidade
em que posso amar sem desprezo,
em que posso ter muito mais zelo,
e andar pelas paragens da vida
com o coração eternamente jovem,
sem me preocupar com o amanhã,
sem estar triste por não ter liberdade,
sem me machucar por uma vã saudade,
enfim, todo o peso da existência sumiria
ao voo da poesia que nunca seria sombria,
uma luz infinita tomaria
o meu novo corpo,
eu teria o pensamento livre das desrazões
da vida,
seria pleno,
seria indomável!
Quisera eu portar em mim
toda a beleza do céu,
quisera eu ser imortal
e não somente poeta!
20/10/2009 Gustavo Bastos
Quem sou eu?
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