E o Homem encantou-se com o seu próprio poder.
Qual será a próxima colheita?
Qual será a próxima guerra?
Eu avistei uma montanha no fim
de um círculo de fogo,
e a noite era sem véu e sem névoa,
era uma noite nua e cálida.
Há muito tempo a rosa desmembrou-se
no fulgor de um assassino,
e a quimera brutal
trouxe meu desejo em forma fetal,
no dia em que aves pousaram cegas
sob os incêndios deste poema que vos dou.
É a memória, agora, que faz seu luto e sua canção.
Mas não é a solidão que me queima,
é o povaréu numa sedução de equimoses
em doses levitadas de vinho e luta.
Sempre toda a vida será o pó,
e o pó será o que findar na morte,
pois a morte é nada,
e a vida é o que nos resta.
21/09/2009 Gustavo Bastos
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