Na memória do ancião
eram cem pétalas vermelhas
devorando o furacão
Ordenei as cordilheiras e fiz a benção
deste século ferruginoso
Mil dourados e diversas ametistas ao meu lado
o palavrório era o argumento do universo
desdenhado em karma e loucura
Revivi a maçã e sua frutífera dança
encomendei uma fruteira
com as uvas e uma taça ao lado
devorei a penumbra no encontro
dos cavaleiros esculpidos
no mármore do sonho
Era nuvem e era pasto
o rouxinol que cantava
no trovão da luta campestre
era o tédio e era a chuva
era o sol e era o dilúvio
de seu fogo em água
eram os elementos empedoclianos
e era a ataraxia epicurista
no vasto sermão da meia-noite
Na memória do ancião
correm os bois e as vacas
o mato e a serra desnuda
Diante de sua vida de carne
um espírito vitalíssimo
entre a alvorada e o altar
dormindo no retábulo
de uma igreja gótica
fervilhando num ornamento barroco
e sua ilusão era de mestria
pelo ar insano de sua música celestial
09/01/2009 Gustavo Bastos
devorando o furacão
Ordenei as cordilheiras e fiz a benção
deste século ferruginoso
Mil dourados e diversas ametistas ao meu lado
o palavrório era o argumento do universo
desdenhado em karma e loucura
Revivi a maçã e sua frutífera dança
encomendei uma fruteira
com as uvas e uma taça ao lado
devorei a penumbra no encontro
dos cavaleiros esculpidos
no mármore do sonho
Era nuvem e era pasto
o rouxinol que cantava
no trovão da luta campestre
era o tédio e era a chuva
era o sol e era o dilúvio
de seu fogo em água
eram os elementos empedoclianos
e era a ataraxia epicurista
no vasto sermão da meia-noite
Na memória do ancião
correm os bois e as vacas
o mato e a serra desnuda
Diante de sua vida de carne
um espírito vitalíssimo
entre a alvorada e o altar
dormindo no retábulo
de uma igreja gótica
fervilhando num ornamento barroco
e sua ilusão era de mestria
pelo ar insano de sua música celestial
09/01/2009 Gustavo Bastos
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