A fera, que amava as estrelas,
deixou o céu desabar
em sonhos,
entrou na caverna do esquecimento,
e se juntou aos ignaros da paixão.
Desejo entre fontes e penumbras,
ver a fera dançar com a beleza
um delírio de sepulcros.
Desde a bela princesa oceânica
que era uma sereia,
a fealdade da fera
rimou com a tragédia,
eis que a sombra tomou
conta do palco,
e a poesia morreu
de tanto apanhar.
O céu do sonho magistral
desabou num pesadelo mortal.
E a fera que ali ficou,
foi o sentimento do poeta
diante do desencanto do mundo.
12/10/2010 Delírios
(Gustavo Bastos)
terça-feira, 12 de outubro de 2010
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