Todos os ares cantam esta fábula,
a vinha que sorri e faz a dália,
corre a noite neste rio da bruma cálida,
em um verdor de brilho que não falha.
Toda a floresta em festa,
que o mar assim faz querer,
e nenhum louco contesta,
este poema e seu poder.
Assim é, digo à nuvem o vento,
e perto do fogo o frio desaparece,
e meu estro que no mar sustento,
tem neste vigor a sua prece.
Os ares desta fábula existem,
disse o asno da floresta,
e teu palco é vertigem,
faz o poeta em alegria manifesta.
Assim vai e volta toda poesia,
faz frio na noite da bacanal,
e faz calor neste peito que vicia,
do mar que vem da aurora matinal.
18/08/2022 Gustavo Bastos
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