Venero a minha própria febre,
o poema que cai da mão,
de sua palma escrita
em turbilhão.
Do féretro dos algozes,
a dor vicária que morre
em seu sepulcro
abscôndito,
a faca cega
do horror.
Venero o meu próprio fausto,
e o triunfo que me levanta.
O nome escrito em pedra,
e o provérbio lá
como um dito
angular
e definitivo.
Senta e vê a glória,
esta procissão vitoriosa
de sua luta,
escreve na cal
e no osso
o vinho
de teu
fastígio,
oh triunfante,
da beleza
corpórea
que bebe
alucinadamente.
18/08/2022 Gustavo Bastos
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