Os guizos balançam no circo,
um infante chamado zezezinho
fez um espetáculo grotesco,
soltou o gorila no picadeiro,
a fada de nome Tila
que não tinha vara de condão,
bateu no menino com
uma enxada,
zezezinho, o infante
que fazia graça,
filho de um madraço
alcoólatra que morreria
de infarto na semana
seguinte, sua mãe,
farofeira, girava
sua girândola
que nem uma
alucinada,
oh poeta,
serve aos guizos
do bobo que corre,
os palhaços da corte
que nem idiotas
sem salvação,
o norte deste poema
sem eira e nem beira,
leram a sorte
numa borra
de café mijado,
cheio de haxixe
e haustos
frementes
de demência,
este infante
crescerá
madraço,
disse a fada,
e o poeta
haurindo
seu cachimbo
fez que sorriu,
falou uma asneira
qualquer,
e o circo fechou
sua tenda,
os nômades
seguiriam
viagem,
a fada Tila
bateu neste
demente,
dizia o dono
do picadeiro,
e um leão foi solto
e devorou
pedaços de carne,
disse Tila,
neste tilintar de
metais de prata,
uma grande cova
foi onde se jogaram
os restos de nada
destas girândolas
e os cinzéis
de uma escultura
espatifada.
18/08/2022 Gustavo Bastos
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