Gerânio no bosque e a porra
que escorre da boca do lixo,
um certo cafetão que gritava
e escrevia em letras garrafais
que entrava o bêbado
e o esfolador,
a serpente serelepe
fumava como
uma broca
que abria
a vala,
flores do campo
e o cáften
com loucas
no pátio
e o barulho
dos gemidos
na porta,
ventilava
um ar viciado,
cheiro de mofo,
a vertigem
cortando o peito
como uma adaga,
o poeta acendeu
seu cigarro,
na escarradeira
um pedaço de
bolota de sangue,
era a enfisema
tomando os
pulmões,
de outro lado
estava um vate,
já nas últimas,
louco de vodka,
como um delirante
que sofria de gota,
o cafetão sorria,
na placa de entrada
do bar estava escrito
a frase lapidar
que guiava
o caos :
foda-se.
18/08/2022 Gustavo Bastos
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