Nas longas asas do pássaro
vivia o sonhador,
eu lutei por anos neste
cinzel e goiva,
perdi meu senso
em batalhas campais.
Veste-te à labuta, o poeta
que nasceu do mármore
se funde ao nobre metal
e ao fundo de um tambor,
sua música tem melismas
de aço e de flores,
tenha em campo todos os odores
da rosa, uma certa exaustão
de sua força será mérito,
como um rouxinol e o albatroz
que faz rasante no mar,
resgates de memória, nuvens
passam, o caos se desmonta
nos versos pacatos
que sugerem
sua paz de lume,
ah, como são estes pequenos
versos um tanto de vitória
sem empáfia ou bazófia,
uma lufada natural.
16/06/2019 Gustavo Bastos
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