O pasto levanta com ar de floresta
certos veios cinzelados
da pintura, o poeta-pintor
pressente a flor na lótus
que vira os olhos
em seus sóis de lua,
o pasto refunda a vida do rebanho,
balidos ecoam na aura do dia,
os uivos dos lobos morrem
frente à luz que gerava
tais poetas-pastores,
poetas-pintores
com cajados
e pinceis,
poetas-escultores
com goivas e cinzeis,
certa pedraria
e capiteis dóricos
sob a frondosa
barroca e religiosa
canção das
santas ceias,
floreios que
dão em rococó
depois de um
delírio pré-rafaelita.
16/06/2019 Gustavo Bastos
A Hora das Fornalhas
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