Que eu inverta a sina e persista
neste verso campônio,
ah que o poema é poesia
e monturo de cinzas.
Pois, dentre os meus atos proscritos,
ao léu que rima suma obra-prima,
refaz anjo e demônio
como eixos da existência.
A poesia, fundada com ópio,
elenca os silêncios que
fuligem voa pelo ar.
Que leio cantores, e canto escritores,
que revejo os planos geométricos
e a carne surrada do sonho,
e não me faz cócegas nem
a ideia principal de ser navio.
Pois rio, e neste caudaloso encômio,
retrato os sóis da cor de âmbar
que pintam o universo,
e que, recôndito dos autores,
tudo é festa quando
verso faço.
11/03/2017 Gustavo Bastos
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