Meu solo de herói funciona
como uma engrenagem
de som:
duas pausas entre gritos,
dois socos e um sopapo.
Ventila meu vento forma de vida,
seres encastelados em estrelas,
espelhos d`água
e bruma.
Com as vedetas e brios fumaçados,
côrte de toda a patuleia,
vermes redondos e latinhas
cor de festa,
ventre explodido de arte:
meu rito de mecânica
que emite o som alienígena,
rotas de fuga na carta náutica
dos mapas geológicos
da primeira era,
eu, que sou um rebelde tosco,
tenho senhas em poemas
como uma poeira cósmica
na boca da supernova,
no quasar espatifado
dos psiconautas.
05/03/2017 Gustavo Bastos
Quem sou eu?
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