na barbearia uma face estulta
corrói a si mesma,
pega de faca na luta vã
de sorrir,
tomo o café na tabacaria,
tomo formol de luta suicida,
como um ócio valente
que dorme,
uma onça que pula com garras,
um fantoche que faz teatro,
ou ainda este bruxo que ri
com sol em tal face de mundo,
oh, que nada mais importa
neste conto furibundo
de metal, que nada,
na barba cortada
e meu sorriso,
que nada mais no dia infinito
me delicia mais que o sol
na cara, e o livro que faz
melisma com som
de simbolistas velhos.
05/03/2017 Gustavo Bastos
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