Cometa fujão que bem disse
no entorno desta esfera seca,
que rima sua base com lilases
e morde nuvem com rabo de rato.
Cometa condão que milagre
às favas compete com a poesia,
e retira meu pranto de mentira,
meu lodo carnal de filosofia,
que sibila cantante tal a onda
que deixa,
e me dá história contada
com metro invertido,
terrível sonho aqui em terra brasa,
seca e brava,
como um cometa o sonho evanesce,
vira fumaça e se esquece,
este vil vinho na esfera fogo,
seca e terrível, mortiça
com vitrais através da luz solar,
e o prisma multicor
que do arco-íris
é só a miragem.
05/03/2017 Gustavo Bastos
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