Eu enlouqueço nos desenhos,
se o prumo tento recobrar,
é pelos signos da cor
que o pulso retoma
a história toda.
Prático está o fim do dia,
relaciono os sonhos e o descalabro
das cinzas que sobram
da aventura.
Pois na casa e no meu pátio
está sorvido o líquido precioso
que vive a remontar os corpos
do baile noturno.
Envio uma nova mensagem com
vinhos levitados e coca-cola,
redemoinho de serpentinas
invadem a bacanal.
Retrô este visual de velho loucão,
e que aos oitenta e nove anos
poemas faz como um doutor de tudo,
revira seus metros com sílabas
e toma a pinga na água da boca,
eu enlouqueço mais ainda com poesia
do que o mundo que se alucina.
08/03/2017 Gustavo Bastos
A Hora das Fornalhas
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