Da pétala da flor à cidade sonhada,
cai uma lágrima com uma carta
despida com ardor.
A cidade refulge dinâmica
sua própria fome,
a cidade sem anestesia
explode como um vulcão.
A eutanásia de sua imensa
aglutinação morre
na defecção inesperada,
seu ar poluído corroendo
o desvão da madrugada,
o morro morre no morro,
o grito não salva ninguém.
A cidade é uma flor negra
de augúrios putrefacientes,
o crack e a remela
convivem com prédios
e mansões.
Este é o Rio torto,
o mar morto
de Ipanema
com seu baile
de bundas boas
e pedintes de esmolas
tomando foras.
06/04/2011 Delírios
(Gustavo Bastos)
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