De mãos à obra o poema se decifra,
qual luz ampla e transcendente,
das mãos cabe ao crepúsculo
o caos e a mordedura.
Cavalga meu poema no sal do mar.
Vislumbra no horizonte o seu bacanal
e o amor desliza desbundado
em noite carnal.
Seu azul é brisa e a morte já não é
de então o sonho buscado.
Lá vai nuvem, estofo e céu,
coroar meus bálsamos de seu plano geométrico
de faces, vai por onde eu vou
com o delírio da noite,
após o seu crepúsculo de alma vadia.
O poema é o decifrado da urgência
que escreve,
uma bandeira se desfralda
como grito de vida e diz:
"Sou uma imagem de pássaros,
relvas e delírio de bravura!"
Com o seu azul o poema nasce
e eu sou o seu mensageiro
nas rodas e cirandas
do espaço sidéreo
em que a obra é poema de pedra
e cascas dos meus átimos inspirados.
12/06/2009 Gustavo Bastos
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