De sangue o teu enlevo,
cara sedutora dos meus versos
é a mesma feroz poesia
do meu desalento.
Lento o passo se dá
em desalinho,
passo longo ou curto,
é o mesmo caminho.
Do meu enlevo de corpo nu
se faz a seda da filosofia,
o corpo reluz quando navega
absorto no mar.
Eu dei às minhas lápides
fulgurações de vinho
ao poeta que ruge
no seu amor fraco
e temor de morte.
A morte é o temor
ao contrário.
Da mesma flor
que tu me roubaste
o rubor do sonho
se esfarelou.
Sou o delírio da vida
no mundo da sombra,
sou poeta da minha honra.
06/04/2011 Delírios
(Gustavo Bastos)
Quem sou eu?
Há uma semana
Nenhum comentário:
Postar um comentário