Nem o tempo e nem o silêncio do tempo
me trazem o significado do devir,
o tempo é o vem ser de todo momento.
Eis na noite e no dia
o tempo circular da Terra
e sua rotação,
eis os anos também
de sua translação ao redor
da luz solar.
Harmonias universais são canções pitagóricas
e sua mística dos números.
Atrás das falácias e dos sofismas
de um grande retórico,
a Hélade se afirmava posteriormente
como sonho platônico
em sua Idéia do Bem.
O tempo, sal da vida,
se compunha no devir,
mas Parmênides queria o imutável,
o ser puro.
Condensando-se no Corpus Aristotelicum
toda uma faina de naturalista e filósofo
de todas as frentes e dimensões.
Alexandre traspassou os fracos de ânimo,
sua guerra se emoldura no tempo
de morte e intuição de vitórias.
Minha terra, meu sol.
Toda a História Antiga
foi um refinamento
de formas aliadas
aos palimpsestos
de toda uma época.
Diria ser epicúreo o
meu prazer,
não dizendo ser a aceitação estoica
o meu canto resignado,
nem tampouco a pirrônica suspensão
do juízo.
O que se atrela ao tempo do meu vivido
são os víveres e a celestial
proeminência do pensamento
em sua inaugural leveza
de criar o seu próprio saber.
Eu pensei socraticamente
por fim numa essência da realidade
em que se deu o fim da vida
em cicuta e noite sem fim.
Agora então eu afirmo o devir
e digo que o ser puro
não é senão ordem fictícia,
pois o que se dá é o tempo
e somente o tempo,
vida, morte e renascimento.
20/06/2009 Gustavo Bastos
Quem sou eu?
Há uma semana
O tempo é o senhor de tudo. Ameniza dores, cura feridas, dá conhecimento, oferece a evolução do ser humano. O tempo é implacável e continuo. não há como fugir, então que façamos o melhor proveito dele. Grande abraço, te aguardo por lá.
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