PEDRA FILOSOFAL

"Em vez de pensar que cada dia que passa é menos um dia na sua vida, pense que foi mais um dia vivido." (Gustavo Bastos)

domingo, 3 de abril de 2011

SOBRE O TEMPO E O RENASCIMENTO

Nem o tempo e nem o silêncio do tempo

me trazem o significado do devir,

o tempo é o vem ser de todo momento.



Eis na noite e no dia

o tempo circular da Terra

e sua rotação,

eis os anos também

de sua translação ao redor

da luz solar.



Harmonias universais são canções pitagóricas

e sua mística dos números.

Atrás das falácias e dos sofismas

de um grande retórico,

a Hélade se afirmava posteriormente

como sonho platônico

em sua Idéia do Bem.



O tempo, sal da vida,

se compunha no devir,

mas Parmênides queria o imutável,

o ser puro.



Condensando-se no Corpus Aristotelicum

toda uma faina de naturalista e filósofo

de todas as frentes e dimensões.



Alexandre traspassou os fracos de ânimo,

sua guerra se emoldura no tempo

de morte e intuição de vitórias.



Minha terra, meu sol.

Toda a História Antiga

foi um refinamento

de formas aliadas

aos palimpsestos

de toda uma época.



Diria ser epicúreo o

meu prazer,

não dizendo ser a aceitação estoica

o meu canto resignado,

nem tampouco a pirrônica suspensão

do juízo.



O que se atrela ao tempo do meu vivido

são os víveres e a celestial

proeminência do pensamento

em sua inaugural leveza

de criar o seu próprio saber.



Eu pensei socraticamente

por fim numa essência da realidade

em que se deu o fim da vida

em cicuta e noite sem fim.



Agora então eu afirmo o devir

e digo que o ser puro

não é senão ordem fictícia,

pois o que se dá é o tempo

e somente o tempo,

vida, morte e renascimento.



20/06/2009 Gustavo Bastos

Um comentário:

  1. O tempo é o senhor de tudo. Ameniza dores, cura feridas, dá conhecimento, oferece a evolução do ser humano. O tempo é implacável e continuo. não há como fugir, então que façamos o melhor proveito dele. Grande abraço, te aguardo por lá.

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