(soneto decassílabo sáfico)
Gerações vão passar no tempo fundo,
quando terríveis ventos caem ao longe
semeando lírios na violeta donde
a vida nasce no violento mundo.
A força da poesia virá veloz
com maestria e têmpera voraz de música,
perto do níveo campo em terra túmida
que em pranto sóbrio descobriu seu algoz.
Nada fiz para tanto, mas teria
feito, se assim me fosse claro vidro,
como se olhassem fundo em parca via.
Minha canção sofre e desanda lúgubre,
tal é o delírio santo e lasso em frio,
que na sua mística, deseja o fúnebre.
06/04/2011 Sonetos da Eternidade
(Gustavo Bastos)
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