Assim, de carne e veste envolvida,
a estrela de chumbo tonteia,
pois mais seca e densa neblina,
às amarras do coração bombeia.
Pois, do canto mais solar,
como o verão de cal e sonho,
a mais funda estrela polar
cai como luva no caldo risonho.
Das trevas enuncia luz,
como uma jarda longínqua,
que enternece o que supus,
por mais alta sala contígua.
Assim, de sol e lua à carne dura,
sonha vinha assim de mel,
pois à arma fruto de sal e luta,
sonha o fim do mundo e do fel.
Pois de chumbo estrela escarlate,
lá no alto com albor de carmim,
que da branca nuvem tudo arde,
do fim ao fim deste sonho de fim.
18/02/2016 Gustavo Bastos
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