Gerações ao espanto frio,
eu tinha muita sorte
no grito destemido.
As lutas das literaturas rotas
são frouxos de riso,
as lutas dos artistas brutos
são de estética e vinho.
O poema, como uma dose de veneno,
eis que de karma e música
enfada o homem prático,
eis que de dança e delírio
exalta o homem dissipado.
Contas de colares do frasco madrepérola:
o poema, nota bruta, fábrica da pedra,
regenera o fraco de seus vícios,
e enobrece o forte de suas ambições.
Estética da vinha, por mim mesmo:
o tanino é denso
como madeira de lei,
não enverga
no espanto,
não deplora
a viagem da vida.
18/02/2016 Gustavo Bastos
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