A cura, majestosa hora,
do cume silencia o karma,
eis o olho e a vista, calmos,
na ondulante sedução do espaço.
Funda tempestade, conclama os ares,
mede a ametista por fora do topázio,
o crente astuto tem seu binóculo,
o olho veste o espírito,
a carne come a vista.
Na fera que dormita entre os arbustos,
mora a falange, a horda.
Quem se diz à parte do esquecimento,
dá-se ao universo como lembrança.
A cura, depois da febre do ópio,
vai condoer em liberdade absurda,
e a verdade absoluta de seu cânon,
flor esmerada do véu impreciso,
contorce e foge à filosofia conspurcada.
Da vida, o instante único,
morre céu e terra ao fogo sem cor.
Mais fundo que o horror,
Nosferatu zomba das estultícias
que o poeta criou,
teu belo e negro vento
atordoa a poesia.
24/09/2013 Êxtase
(Gustavo Bastos)
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