[soneto decassílabo sáfico]
Os mares tão longe se vão no luar
que a noite vem morrer de frio na foz,
e os rios caem gélidos na dor sem voz
que longe vão com o amor a voltar.
Sinto o temor na minha vez de amar,
tenho o labor intenso da nau algoz,
morro meu corpo com gemido atroz,
e o resto agora sempre fica ao mar.
Volto ao lar do meu fel de vidro fundo.
Quero o tornado das paixões do mundo,
e vou na paz partida dos meus karmas.
Atrás de tudo que ficou ao léu,
desando nos ares mortais das armas
que em vão miraram meu suspiro ao céu.
12/01/2013 Sonetos da Eternidade
(Gustavo Bastos)
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