Lá! Onde mais eu descanso,
onde o mar é manso,
onde o sol não se põe.
Aqui eu me entrego bêbado,
lá eu sonho acordado.
Que me entrego, de vil fel e fuga,
de puro mel o amor.
Que me enterro, de tuas roupas
o meu calor, de tua lua
o meu sol.
Lá! Onde não há mais nada,
onde o fogo beija a água
sem ar pela terra afora.
Lá, qual lugar sem mirante,
qual horizonte, qual fuga
do meu ser.
Aqui, onde devo o meu corpo
ao sal encarnado de meu mar.
Lá, onde a música é eterna
e tudo está a bailar.
11/01/2013 Êxtase
(Gustavo Bastos)
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