Pobres dos atores mortos,
pobres dos poetas mortos,
ricos os mercadores dos portos,
ricos os mendicantes,
eles ficam ricos de descanso,
ricos de remanso,
e pobres de labuta!
Donde vem o amor salutar?
Pobres dos amantes,
pobres das serenatas,
ricos os amadores,
ricos os perdedores.
Onde mais a casta lascívia?
Onde tem o fogo do meu poder?
Onde a faca que me mata?
Liberto-me, tenho a espada
em sangue de pólvora,
em transe de gólgota.
Liberto-te, tua amada
está danada,
ela se afundou
em amor de santuário,
no púlpito estavam
as flores do canto sublime
dos corações queimados.
Pobre o indigente,
rica a noite estrelada.
07/01/2013 Libertação
(Gustavo Bastos)
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