Invade a selva de almíscar
o templo enevoado do farol.
Resta do âmbar de suas luzes
o corcel em fogo indômito.
Leva, da veste à plumagem,
ouro vítreo de poema,
algas róseas de fumo,
labor de esmeralda
no prumo.
Qual espuma de vaga,
ondula o sêmen na cor
azulada, sua flor é estrela
de prata em dura canção.
Vai, invade o meu peito
a paixão,
e faz do meu coração
abrigo de mulher,
leva o meu coração embora!
Vai, cântaro de meu rio seco,
saborear o devaneio
enquanto choro o topázio
de minhas flores roxas,
enquanto eu caio no abismo
do meu céu sem praia,
deserto da virtude
num vício de poesia.
11/01/2013 Êxtase
(Gustavo Bastos)
Adélia Prado Lá em Casa: Gísila Couto
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