Quando cai do cais
a queda ao solo,
quando o mar afoga
meus olhos
de noites salgadas,
eu vejo o horizonte
na totalidade
de minha experiência.
Vinha de teu sepulcro
grita vida!
Partindo de manhã
para o desconhecido.
Sobrevida de arte
no átrio das vigas,
máquinas que pulsam
enigmas do sol
com febre de espírito
nas almas dilatadas
da alucinação.
Morta está a tua faca,
face a face com o ritmo,
coração na névoa
com canção de fogo,
lutando por toda a eternidade
para a alma exaurir-se
de tanto amor
pela vida!
De tanto êxtase
e tempestade!
Em algum lugar
estará a estrela
nau aberta
da obra
em progresso
de narrativa
solar,
tal o emblema
que segura
toda a constelação
em sua guerra
de mundos
e firmamento.
18/10/2012 Libertação
(Gustavo Bastos)
Adélia Prado Lá em Casa: Gísila Couto
Há 4 semanas
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