Se penso não sou.
A coisa muda é mais
autêntica,
ela mesma,
um itself
primário
que resume
o em si
dela mesma.
Se penso não estou.
O tempo é este do quero,
a vontade é esta mecânica
que se frustra no tempo.
O tempo é o maior chiste
dos desejos.
Penso, logo existo?
Não sou neste que pensa,
sou neste que escreve,
se penso me esqueço,
se sinto, padeço.
O mundo enlouqueço.
A coisa reivindica tudo,
e a escrita mostra
o dizer em sua indefinição.
20/10/2012 Libertação
(Gustavo Bastos)
Adélia Prado Lá em Casa: Gísila Couto
Há 4 semanas
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