[soneto alexandrino]
Canta o rouxinol na beleza das mortalhas,
com os concertos tão maviosos nas folhagens,
que crescem poetas sãos nas flores tão violáceas,
e sinto espanto no amor lívido em miragens.
Encanta o frio lento em canção de mãos pesadas,
em leves pés no chão que encontram luz de poeta,
e o farol sonha no estro virgem das lufadas
onde se diz voltar o tempo da voz quieta.
Vinha dormente em paz com o dia, dor sofrida
nas ribanceiras dos rios negros como espadas,
cortando a raiz pobre e florida que vem hirta,
E que nos dá bruma em desejos de sedentos,
quais desesperos vis na queda em plagas largas,
pois se viveu morte em viventes loas de ventos.
22/10/2012 Sonetos da Eternidade
(Gustavo Bastos)
Adélia Prado Lá em Casa: Gísila Couto
Há 4 semanas
querido, o máximo, parabéns, vou degustá-los!! gostei muito desse primeiro, alexandrino!! abç, gudão.
ResponderExcluirValeu meu bom, tamoaê!
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