Mais uma vez, o doce que estava
em teus lábios me escapou.
Eu desfigurei o meu rosto
frente ao espelho da dor,
e numa lástima de morte
me pus ao alvo das metralhadoras,
todas de uma só vez
frente ao meu coração bravo
que dançava nu.
Mais uma vez, pobre querida,
eu sou a sombra que te aniquila
por um sonho sem ilusões
e por uma viagem sem destino,
sou o teu consolo
na tarde fria da chuva,
sou o que mais briga
por tua heroica pátria
de amores,
quero te ver em um segredo
que se afunda com o meu pensamento,
e na bruma que cai como pétala
sou o inferno
em forma de paraíso.
25/06/2010 Gustavo Bastos
Quem sou eu?
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