Descobri agora um poema
que se calou por muito tempo,
sem rima e sem dor,
sem alma e sem olor.
Eis um poeta que sentiu
nada deste poema,
ele nunca o concebeu,
eu vi a tristeza que está
em todos os versos
deste poema oculto
e agora à luz do dia
ele se revela
com a água e o ar,
tão fluente em suas ondas
quanto o mar infinito,
tão desejoso de morrer
quanto um suicida sem temor,
eis o que é o seu horror,
eis o que é o seu amor,
poema ... um fato de palavras,
palavras por muito tempo
ignoradas e contidas,
e que neste momento do presente
vem à claridade de todos os poetas
que querem prová-lo,
seu desenlace é agora,
seu tempo é o mistério
que o verso agora dá fôlego
a quem o escreve
sem medo da morte
ou da solidão.
07/08/2010 Gustavo Bastos
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