Estamos aqui, neste limiar em que estoura
a champanhe, noutro dia o castelo de Sade
estava fervendo, e o hausto estranho
da astúcia era o meu norte.
Pronto, o dia tem da aurora certos traços
indizíveis, pois, na quadra em que descanso,
depois da bebedice e do porre homérico,
a poesia se faz toda prosa.
Vertente que rima e não cansa,
o veio da escalada é feito de esperança.
Pois, que me tenho assim,
forjado em dança, coisa toda
escrita de pó e estrela.
Estrela secreta, veia mestra,
o pó das coisas flutua,
a vida tem seu dom estalado,
e a vitória se constrói
com sabedoria.
18/05/2022 Gustavo Bastos
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